Políticas de leitura

Segunda mesa do terceiro dia do Jogo do Livro teve como tema “Políticas Públicas de leitura e suas possibilidades de mediação”


     

Acontece • Terça-feira, 01 de Dezembro de 2015, 19:16:00

Formada em Pedagogia na UFMG e atualmente professora na Universidade Federal do Maranhão, Cristiane Dias abriu as falas da segunda mesa do dia pontuando o quanto as realidades no Maranhão e em Minas Gerais são diferentes em relação às políticas públicas de leitura. O Maranhão é o estado com menor índice de bibliotecas escolares, enquanto Minas Gerais é um dos estados de melhor índice. Atualmente, a professora da UFMA analisa as práticas de leitura presentes no município de Codó (MA), dentre elas o Farol da Educação, uma política pública concebida em Curitiba e implantada no Maranhão em 1997, que consiste na instalação de bibliotecas em faróis. O objetivo é democratizar o acesso a livros e servir à comunidade. Dias apresentou também as dificuldades de executar o planejado pelo projeto.

Cristiane Dias apresentou a realidade das políticas públicas de leitura no Maranhão

Leila Barros, uma das coordenadoras do Programa de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed/PBH), apresentou o programa Kit de Literatura da Smed, que distribui livros para estudantes das escolas municipais de Belo Horizonte (MG), buscando democratizar a leitura literária. Entre outros objetivos estão o auxílio na formação de um acervo pessoal, o estímulo à leitura em família e a formação do leitor. Barros apontou as mediações que ocorrem nesse programa com as escolas, a família e as editores, e apresentou as dificuldades em cada relação.

Leila Barros discutiu as mediações realizadas no programa Kit de Literatura, da Smed/BH

Carlos Augusto Novais, professor da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, também abordou as dificuldades de implantar políticas públicas, levando em conta a extensão territorial do país. Novais apresentou o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), criado em 1997, que busca garantir acesso a obras de literatura infantil e juvenil a alunos de escolas públicas, em âmbito nacional. As dimensões de avaliação do programa são a literária, a pedagógica, a material e a estatal.

Carlos Augusto Novais apresentou a evolução do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE)